Informações sobre o livro: Título: Maréia Autora: Miriam Alves Ano de Publicação: 2019 Número de páginas: 188 Editora: Malê
Compre o livro neste link na Amazon e ajude o Negras Escrituras.
Maréia é uma obra lançada em 2019 pela escritora Miriam Alves e fala sobre ancestralidade. No centro da narrativa, temos duas figuras: Maréia (e a família Nunes Santos) e Alfredo (e a família Menezes de Albuquerque).
A herança de cada um é o que lhe destina. Será o caminho? – Marcílio Nunes Santos
A família Nunes Santos é uma família negra composta por Marcílio e Maria Dorotéia (Vó Déia); Dorival e Tânia (pais de Maréia); Caciana (tia de Maréia). Marcílio e Dorival eram marinheiros que desapareceram no mar e a família tornou-se uma família de mulheres, as mulheres da vida de Maréia. A protagonista é uma musicista de sucesso que tem sua própria escola de música, onde seu talento garantiu um lugar na orquestra municipal. Todas as suas conquistas e sonhos eram compartilhados e incentivados pelas mulheres de sua vida.
Por outro lado, temos a família Menezes de Albuquerque milionária, porém fadada à morte. A história desta família guarda um segredo, o qual é responsável por estas mortes que acontecem na família. A tragédia do livro recai sobre essa família. Dom Alfonso era obcecado em ter um herdeiro à altura do patrimônio e as mortes prematuras do filho João Francisco e do neto Augusto deixaram essa responsabilidade nas costas de Alfredo, que desde cedo tinha uma doença incurável.
“Quero a calmaria do dia. Almejo a luz próxima e distante. A tempestade noturna me atormenta. Expurgo angústias em cada poro do meu corpo. Esvaio-me e a dor não se esvai.” — Alfredo Menezes de Albuquerque
No livro, vemos de forma alternada os caminhos de Alfredo e Maréia. Enquanto o primeiro investe em vários tratamentos para buscar a cura de sua doença e vive enclausurado sozinho, pois o pai morreu cedo, a mãe tinha problemas mentais e o avô tomara a decisão de afastá-lo dela para que não se influenciasse. Alfredo cresceu herdeiro de uma fortuna, mas sem ninguém para conversar.
“Como um mantra, Maréia, abraçada ao violoncelo, juntou-se à dupla: “Vozes compondo o infinito que circula em nós.” Repetiam, repetiam e repetiam. As ondas do mar transformaram em um coral, repetiam:“Compondo o infinito que circula em nós”.
Maréia foi conquistando uma vida brilhante como musicista, sempre próxima das mulheres de sua família, uma ligação profunda com a avó envolvendo muito afeto e carinho. Na apresentação da Orquestra de Câmara Encanto das Águas, no Teatro Municipal, a história dos dois finalmente se cruza. A maestrina, Maréia Nunes Santos, faz uma apresentação implacável, deixando todo o público encantado e recupera algo perdido pelos seus ancestrais. Enquanto isso, Alfredo segue o destino traçado pelos seus antepassados.
Indico esse livro para quem quer conhecer uma outra narrativa sobre as viagens na época do tráfico de escravizados. Além disso, é um grande mergulho nas nossas memórias e um bom encontro com os nossos ancestrais.
Informações sobre o livro:
Título: Maréia
Autora: Miriam Alves
Ano de Publicação: 2019
Número de páginas: 188
Editora: Malê
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Maréia é uma obra lançada em 2019 pela escritora Miriam Alves e fala sobre ancestralidade. No centro da narrativa, temos duas figuras: Maréia (e a família Nunes Santos) e Alfredo (e a família Menezes de Albuquerque).
A família Nunes Santos é uma família negra composta por Marcílio e Maria Dorotéia (Vó Déia); Dorival e Tânia (pais de Maréia); Caciana (tia de Maréia). Marcílio e Dorival eram marinheiros que desapareceram no mar e a família tornou-se uma família de mulheres, as mulheres da vida de Maréia. A protagonista é uma musicista de sucesso que tem sua própria escola de música, onde seu talento garantiu um lugar na orquestra municipal. Todas as suas conquistas e sonhos eram compartilhados e incentivados pelas mulheres de sua vida.
Por outro lado, temos a família Menezes de Albuquerque milionária, porém fadada à morte. A história desta família guarda um segredo, o qual é responsável por estas mortes que acontecem na família. A tragédia do livro recai sobre essa família. Dom Alfonso era obcecado em ter um herdeiro à altura do patrimônio e as mortes prematuras do filho João Francisco e do neto Augusto deixaram essa responsabilidade nas costas de Alfredo, que desde cedo tinha uma doença incurável.
No livro, vemos de forma alternada os caminhos de Alfredo e Maréia. Enquanto o primeiro investe em vários tratamentos para buscar a cura de sua doença e vive enclausurado sozinho, pois o pai morreu cedo, a mãe tinha problemas mentais e o avô tomara a decisão de afastá-lo dela para que não se influenciasse. Alfredo cresceu herdeiro de uma fortuna, mas sem ninguém para conversar.
Maréia foi conquistando uma vida brilhante como musicista, sempre próxima das mulheres de sua família, uma ligação profunda com a avó envolvendo muito afeto e carinho. Na apresentação da Orquestra de Câmara Encanto das Águas, no Teatro Municipal, a história dos dois finalmente se cruza. A maestrina, Maréia Nunes Santos, faz uma apresentação implacável, deixando todo o público encantado e recupera algo perdido pelos seus ancestrais. Enquanto isso, Alfredo segue o destino traçado pelos seus antepassados.
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